Apesar de representarem 23,9% da população brasileira (IBGE, 2010), as pessoas com deficiência ainda não têm muitos de seus direitos respeitados, dentre eles o de ter acesso aos espaços e serviços públicos, ao transporte, à informação e à comunicação. Ao violar os direitos destas pessoas, a sociedade e o Poder Público estarão excluindo as pessoas com deficiência, impossibilitando ou dificultando a sua convivência social.
Diante desse cenário de desafios, a Rede Mobilizadores promove, de 16 a 20 de março, a oficina online “Acessibilidade e Pessoas com Deficiência”, para debater as principais dificuldades que estas pessoas enfrentam para exercer seu direito de ir e vir, de ter acesso aos lugares e serviços públicos, ao estudo, ao lazer, à cultura e aos meios de comunicação. A oficina terá como facilitador Marco Castilho, membro do Conselho Estadual para a Política de Integração das Pessoas com Deficiência (CEPDE-RJ).
Em alguns casos, o grande obstáculo para a efetiva inclusão das pessoas com deficiência na sociedade é o preconceito, o estigma e os estereótipos, além de muitas outras barreiras. Apesar de possuirmos uma legislação exemplar, as muitas barreiras ainda encontradas, impedem o verdadeiro exercício da cidadania dessas pessoas. Pode-se citar vários exemplos, como ausência de rampas de acesso, portas estreitas que impedem o acesso de cadeira de rodas, elevadores sem informação em Braille, portas automáticas sem sinalização visual para pessoas com deficiência auditiva, além dos muitos impeditivos no acesso ao lazer, como ausência de intérprete da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), de tela com legenda em tempo real (close caption) e audiodescrição em salas de cinema, teatro, museus, etc, recursos que visam atender a pessoas surdas, cegas ou com baixa visão.
Até pouco tempo atrás, acreditava-se que a inclusão na sociedade era responsabilidade da pessoa com deficiência. Se o surdo não entendia o que estava sendo dito na TV, a culpa era dele e não da emissora que não colocou legenda ou janela em LIBRAS. Atualmente, entende-se que é a sociedade e não a pessoa que deve mudar.
A acessibilidade pressupõe produtos, equipamentos, ambientes e meios de comunicação concebidos de acordo com o Desenho Universal, que recomenda que tudo deve poder ser utilizado por todos, o maior tempo possível, sem necessidade de adaptação, beneficiando pessoas de todas as idades e capacidades. É preciso também que a legislação relativa às pessoas com deficiência seja conhecida e cumprida, e que haja mais fiscalização.
Durante a oficina, serão debatidos o conceito de acessibilidade, as principais estratégias de planejamento urbano para tornar nossas cidades acessíveis, os preconceitos em relação às pessoas com deficiência, os avanços na legislação, as iniciativas que vêm incentivando a mudança de práticas em todo o Brasil, e os principais desafios para promoção da inclusão social das pessoas com deficiência.
Inscrições
As inscrições para a oficina podem ser feitas a partir do dia 11 de março. Para se inscrever, é preciso estar cadastrado no site da Rede Mobilizadores. O processo é simples, rápido e gratuito.Faça seu cadastro em: http://www.mobilizadores.org.br/inscreva-se/
Depois de cadastrado, faça sua inscrição na oficina em: http://www.mobilizadores.org.br/oficina/acessibilidade-e-pessoa-com-deficiencia/
Mais informações no site (www.mobilizadores.org.br) ou pelo telefone: 21 – 2528-3352.
Esta oficina esta sendo realizada com apoio: Banco do Brasil, Fundação Banco do Brasil, Eletronuclear, Fiocruz, Furnas e Itaipu Binacional.
PARTICIPAÇÃO, DIREITOS E CIDADANIA