HISTÓRIA DA CIDADES DE SUZANO


 

CIDADE DE SUZANO

ORIGEM HISTÓRICA: O desbravamento de toda a região brasileira iniciou-se através da fase de reconhecimento das áreas e conseqüentemente com a exploração de minas de ouro, realizadas pelos Bandeirantes. Com o desenvolvimento da Vila de São Paulo de Piratininga, os exploradores foram embrenhando-se pelas matas, fixando agrupamento populacionais em terras ribeirinhas, dando entre outros, origem ao Município de Mogi das Cruzes, outrora Santana de Mogi Mirim. A área ocupada pelo atual Município de Suzano era parada obrigatória durante a exaustiva busca de riquezas, gerando assim seu processo de povoamento.

ORIGEM HISTÓRICA: A prosperidade da ocupação dos povoados iniciais proporcionou ao território, por volta de 1873, através da Campanhia Carris SãoPaulo Rio de Janeiro, a construção de uma ferrovia, posteriormente denominada Estrada de Ferro Central do Brasil. Anteriormente contudo, um pequeno povoado já havia se formado nas imediações da Capela de Nossa Senhora da Piedade do Baruel. Uma das paradas das ferrovias, onde se dava o embarque da lenha extraída na região, acabou recebendo o nome de “Piedade”, na homenagem a um pequeno templo que distava cerca de l5 km, ao sul da via férrea. Em l879, restabeleceu-se neste ponto de embarque, um dos feitores da ferrovia. Tratava-se de Antonio Marques Figueira que, juntamente com seu irmão Thomé Marques Figueira, aliados aos demais moradores do lugar, planificaram o primeiro arruamento da cidade, denominando-a “VILA DA CONCÓRDIA”, na atual localização da Paróquia de São Sebastião. Aos poucos a pequena estação de embarque de madeira, atraiu diversas famílias, que estabeleceram melhorias à margens da ferrovia, que passou a servir também aos moradores do lugar. No ano de l900, a vila tornou-se popularmente conhecida como “BAIRRO DO GUAIÓ”, face ao afluente do Rio Tietê nas imediações. Graças a forte movimentação das lideranças locais, solicitou-se ao engenheiro residente da ferrovia, o Dr. Joaquim Augusto Suzano Brandão, melhoramentos apropriados para a pequenina estação de madeira, que já não atendia a demanda do povoado. O Dr. Suzano Brandão, após desenvolver benfeitorias nos novos planos de trabalho. A nova estação, já então simplesmente denominada Guaió, foi construída dos padrões da época, com área de 58,9l m2. Como reconhecimento pelos serviços prestados, os moradores da localidade rebatizaram a parada férrea, passando a denomina-la SUZANO, em homenagem ao competente engenheiro da ferrovia. Em 22 de dezembro de l907, sob grandes festejos, foi trocada a tabuleta da gare, recebendo a localidade oficialmente o nome de “SUZANO”.

Em 27 de Dezembro de l9l9, pela Lei Estadual nº 1705, foi criado o distrito de paz de “SUZANO’, com “sede na estação do mesmo nome, do Município e Comarca de Mogi das Cruzes’, com a solenidade de instalação ocorrendo em 04 de Maio de l920. A elevação do distrito de Suzano a Município tornou-se real através da Lei Estadual nº 233, de 24 de Dezembro de l949, cuja instalação ocorreu em lº de Janeiro do ano seguinte. A instalação definitiva do Município de Suzano contudo, acabou ocorrendo em 02 de Abril de l949 (data de seu aniversário) quando foram empossados os legítimos representantes do povo, eleitos pelo voto direto. O primeiro prefeito do Município foi o Sr: ABDO RACHID. O Município de Suzano teve o seu quadro territorial alterado por intermédio das Leis Estaduais nº 8050, 3l de Dezembro de l963 e nº 8092, de 28 de Fevereiro de l964. Suzano foi elevado à categoria de COMARCA pela Lei nº 5285, sancionada em 3l de Dezembro de l958 e promulgada a l8 de Fevereiro de l959, com a instalão ocorrendo a 26 de Maio de l962, e era de lº estância. Em Abril de l964 foi elevada à 2ª estância e, em Janeiro de l966, à 3ª estância. SUZANO conta ainda, com uma JUNTA DE CONCILIAÇÃO E JULGAMENTO desde o dia 23 de Agosto de l974. Em l98l, pela Lei Estadual nº 3.l98, de 23 de” e “PALMEIRAS DE SÃO PAULO”.

IMIGRAÇÃO JAPONESA: a imigração japonesa no Brasil data de l8 de Junho de l908, com a chegada do navio “Kasato-Maru” no porto de Santos-SP. Os primeiros colonos foram distribuídos em diversos pontos do Estado de São Paulo, sendo que, em SUZANO, a acomodação desta etnia começou a ocorrer a partir de l92l, notadamente nos bairros rurais do Município, como Tijuco Preto, Rio Abaixo, Cooperativa. Vale registrar ainda, que o viaduto que dá acesso à cidade de SUZANO, foi denominado “RUY MIZUNO” em homenagem aquele que foi considerado o “PAI da Imigração Japonesa no Brasil”.
ASPECTOS FÍSICOS, ECONÔMICOS E TERRITORIAIS: O Município de SUZANO possui a área de l84 Km2 , sendo 88 Km2 na Zona Urbana e 96 Km2 na Zona Rural- O Município de SUZANO confronta: ao norte, com o Município de Itaquá; ao Leste, com o Município de Mogi das Cruzes; ao Sul, com o Município de Santo André e Rio grande da Serra; ao Oeste – Poá Ferraz de Vasconcelos e Ribeirão Pires. A topografia do Município de Suzano é predominante plana, com leves ondulações. O sub solo é argiloso-arenoso em sua maior parte, com uma camada superficial de turfa preta. SUZANO é cortado pelo Rio Tietê. Este tem como afluentes na sua margem esquerda, o Rio Taiaçupeba (que serve de limite com Mogi das Cruzes), o Ribeirão una e o Rio Guaió (divisa com Poá). O ponto mais elevado no Município é nas proximidades do Sitio Ucrânio, com 907 metros acima do nível do mar. A menor altitude é verificada na Vila Maluf, com 732 metros. O clima de SUZANO é temperado, com inverno seco, de tendência tropical. Temperatura médias: Máximas: 36º C Mínimas: 04º C Compensada: 20º C
FERROVIA: O Município é servido pela Rede Ferroviária Federal S/A.
RODOVIAS: Estrada velha São Paulo Rio de Janeiro (sentido Leste/Oeste), que liga o Município à São Paulo e a Mogi das Cruzes/ Vale do Paraíba; Rodovia Índio Tibiriçá (sentido Sul), que interliga o Município à região do ABCD; Estrada SUZANO-DUTRA (sentido Norte), com acesso ao Município de Itaquaquecetuba e Arujá, bem como à Rodovia Presidente Dutra e a Rodovia Ayrton Sena. Estrada dos Fernandes (sentido oeste), com acesso a Ribeirão Pires, Mauá, Poá e Ferraz de Vasconcelos; Avenida Brasil (sentido Oeste), que interliga o centro urbano de SUZANO à cidade de Poá

TRANSPORTES COLETIVOS: Viação Suzano, Suzantur, Eroles e Julio Simões
POPULAÇÃO: Conforme estimativa do IBGE, em 2003 o Município de SUZANO contou com cerca de 250.208 habitantes.
BASE ECONÔMICA: O Município conta atualmente com 20 Industrias (incluindo Micro- Empresas), 4.000 Estabelecimentos Comerciais e 5.000 Profissionais Liberais. Devido a proximidade do Município e grandes centros urbanos, com fácil acesso de comunicação e transporte, inclusive para o porto marítimo de Santos.Instalaram-se então no Município de Suzano, empresas do ramo: Viti-Vinicultura, Fruticultura, Têxtil , Papel e Celulose, Farmacêutico, Cortume de Peles e Artefatos, Fiação e Tecelagem, Tinturaria e Estamparia, Ladrilhos e Vitrificados,Bbulbos para Cinescópios de TV preto e branco e Artigos de Vidro Borosilicato, de Rolamentos, Pisos e Mosaicos para revestimentos (pisos decorados e esmaltados), de Instrumentos de Precisão ( lidando com fibras sintética e naturais), Tratores de Esteiras e Equipamentos Pesados, Produtos Químicos, Calçados, dentre outros.
SOCIAL: Socialmente a cidade conta com 43 Escolas Estaduais, 52 Escolas Municipais, 07 Nudi, l0 Creches Municipais, 0l APAE, l0 Escolas Particulares, 0l Faculdade, 0l CAIC, 0l Delegacia de Polícia, 0l Batalhão da Polícia Militar, e 04 Bases da PM, 0L Corpo de Bombeiros, 0l Terminal Rodoviário Norte, 04 Hospitais, l3 Unidades Básica da Saúde, 0l Ambulatório de Especialidades, 0l Departamento Médico Ocupacional, 02 Cemitérios Municipais, 0l Velório Municipal, 0l Necrotério Municipal, 0l Estádio, 04 Ginásios de Esportes, 0l Parque Municipal (Max Feffer), 01 Centro Cultural, 0l Banco do Povo e l2 Agências Bancárias.

Inauguração: 06.11.1875
Data de construção do predio atual : anos 1970

HISTORICO DA LINHA: Em 1869, foi constituída por fazendeiros do Vale do Paraíba a E. F. do Norte (ou E. F. São Paulo-Rio), que abriu o primeiro trecho, saindo da linha da S.P.R. no Brás, em São Paulo, e chegando até a Penha. Em 12/05/1877, chegou a Cachoeira (Paulista), onde, com bitola métrica, encontrou-se com a E.F.Dom Pedro II, que vinha do Rio de Janeiro e pertencia ao Governo Imperial, constituída em 1855 e com o ramal, que saía do tronco em Barra do Piraí, Província do Rio, atingindo Cachoeira no terminal navegável dois anos antes e com bitola larga (1,60m). A inauguração oficial do encontro entre as duas ferrovias se deu em 8/7/1877, com festas. As cidades da linha se desenvolveram, e as que eram prósperas e ficaram fora dela viraram as "Cidades Mortas"... O custo da baldeação em Cachoeira era alto, onerando os fretes e foi uma das causas da decadência da produção de café no Vale do Paraíba. Em 1889, com a queda do Império, a E.F.D.Pedro II passou a se chamar E.F.Central do Brasil, que, em 1890, incorporou a E.F. do Norte, com o propósito de alargar a bitola e unificá-las. Os trabalhos começaram em 1902 e terminaram somente em 1908. Em 1957 a Central foi incorporada pela Refesa. O trecho entre Mogi e São José dos Campos foi abandonado no fim dos anos 80, pois a construção da variante do Parateí, mais ao norte, foi aos poucos provando ser mais eficiente. Em 31 de outubro de 1998, o transporte de passageiros entre o Rio e São Paulo foi desativado, com o fim do Trem de Prata, mesmo ano em que a MRS passou a ser a concessionária da linha. O transporte de subúrbios, existente desde os anos 20 no ramal, continua hoje entre o Brás e Estudantes, em Mogi

A ESTAÇÃO: A estação foi aberta em 1875 pela E. F. do Norte com o nome de Parada da Piedade. Era uma parada isolada, que existia como ponto estratégico para abastecimento de água e lenha para as locomotivas a vapor. O nome se devia à capela da Piedade, existente no povoado de Baruel (originário do nome da família mais importante do local, descendente de um inglês de sobrenome Barewell), que ficava ao sul da linha, não muito perto desta, mas única referância para o nome da parada. Alguns afirmam que o local da parada antigamente se chamava Campos da Mirambava. De qualquer forma, em 1879, o português Antonio Marques Figueira estabelece-se junto à estação, próxima ao rio Guayó, e passa a ser considerado o fundador da cidade. O povoado ao redor da parada cresce e em 1890, passa a ser chamada de Concórdia. A parada, no entanto, mantinha o nome de Piedade, mesmo com a construção de um prédio de madeira para a agora estação construída nesse ano pela Central. Em 1894, é construído um prédio de alvenaria, "alvenaria de tijolos com área de 58,91 m e plataforma cimentada coberta de zinco", como consta em seu memorial descritivo. Quem conseguiu a construção desta estação maior e melhor foi justamente Joaquim Augusto Suzano Brandão, engenheiro residente da Central em Mogi das Cruzes. Nesse mesmo ano, a estação passa a ser conhecida como Guayó, nome pela qual o povoado era também chamado, agora mais do que Concórdia. Em dezembro de 1907, houve a solenidade de troca de placas da estação de Guayó para Suzano, homenageando o engenheiro. A cidade, por sua vez, somente adota este nome um ano depois. Hoje, uma estação mais moderna, construída nos anos 1970, atende aos trens da CPTM. (Fonte: Suzano, Estrada Real, de Suami P. de Azevedo, Editora Mirambava,


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