GRUPO PASTICHE FAZ A PLATEIA SAMBAR EM SHOW NA PIAGET


 

"Não deixe o samba morrer,
Não deixe o samba acabar.
O morro foi feito de samba,
De samba para gente sambar..."
Com esse versinho, imortalizado na voz de Alcione, o Grupo Pastiche convidou a plateia a se mexer e transformou o auditório da Faculdade Piaget em uma grande roda de samba na noite de sexta-feira (5/12), em mais uma atividade da instituição realizada para o público estudantil e também toda a comunidade.
O Pastiche é um grupo de produção cultural e de pesquisa, composto por músicos, professores e pesquisadores em educação, em sua maioria mestres e doutores, ligados à Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). O grupo apresentou o show “Laroye, o que há na síncopa do samba?” em Suzano a convite do curso de licenciatura em Educação Física da Piaget.
Durante uma hora de espetáculo, o Pastiche, coordenado por Mônica Fogaça, contou a história do samba, que se confunde com a história do Brasil. O show trata das características da cultura do samba e sua relação com os fatos e as lutas que se estabeleceram para a inserção das práticas da cultura dos povos afrodescendentes até tornar-se identidade nacional nas décadas de 1940 e 1950.
O show tem como foco a desconstrução dos discursos de discriminação racial existentes hoje a partir das pistas na história do samba e do uso de várias linguagens (música, dança, fotografia, encenações, poemas, depoimentos, entre outros). “É um grande prestígio ter a presença desse grupo na Piaget”, disse a professore Luciene Farias de Melo, coordenadora do curso de Educação Física da faculdade.
Para os alunos de Educação Física, a atividade contou como curso com certificado; para os demais, como horas complementares. “O que eles aprenderam com esta atividade irá enriquecer, e muito, a formação profissional deles”, disse a coordenadora. A dança e a música, frisou a professora, são formas de expressão importantíssimas para a formação em Educação Física. A plateia, pelo jeito, aprendeu a lição.
Tanto que, no fim, uma grande roda de samba se formou no auditório com a interação entre o público e os artistas. Mônica, a cantora, pediu e a plateia atendeu: dançou e entoou "Não deixe o samba morrer", canção composta por Edson Conceição e Aloísio Silva, que, gravada no ano de 1975, pela cantora Alcione, nunca mais saiu das paradas de sucesso.
Atrações
Mais do que conteúdo curricular, a apresentação do Grupo Pastiche fechou, com louvor, o calendário de atrações culturais e de extensão da Piaget neste ano. Para 2015, a instituição pretende manter as portas abertas à população com muito mais atrações, sempre gratuitas.
No decorrer de 2014, a instituição promoveu e sediou palestras, lançamento de livro, exibição de filmes seguida de debate e shows musicais, entre outras atividades. Em outubro, por exemplo, o projeto Cinema e Debate, parceria da Piaget e a Secretaria de Cultura de Suzano, exibiu o filme “Flor de Abril”, produção nacional do cineasta e roteirista Cícero Filho, com a presença, no auditório, de um dos atores do núcleo principal do filme, o suzanense Vinicius Fiamini, e da coprodutora Verônica Coelho, que viajou de Teresina (PI) para participar do debate com a plateia.
Antes, em agosto, o auditório lotou com a apresentação do pianista Ricardo de Deus, acompanhado do baixista Douglas Gamboa e o baterista Davi Gonçalves, atrações do 64º British in Concert, realizado em parceria da Piaget com a escola de idiomas British Academy. Os músicos mesclaram o melhor da música popular brasileira com ritmos de Cabo Verde, país onde Ricardo de Deus (que é suzanense) vive atualmente e onde a Piaget tem também um polo de ensino superior.


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