Os ônibus que atendem as linhas municipais de Itaquaquecetuba, tiveram as atividades interrompidas nesta quarta-feira (9). Os motoristas da Expresso Planalto, companhia que presta o serviço, decidiram fazer uma paralisação em protesto aos salários e benefícios atuais.

Por causa da greve, muitos passageiros precisaram recorrer ao transporte intermunicipal para chegar aos seus destinos. “Quando cheguei no ponto de ônibus, disseram que não tinha ônibus. Eu tive que pegar de Suzano para, de Suzano, pegar para cá”, comentou um passageiro.

Até o início da tarde, os ônibus ainda não tinham voltado para as ruas. A manha inteira foi de pontos de ônibus cheios. “Prejudicou muito. Eu saí de casa 8h para vir para Itaquá cedo e voltar logo. Estou aqui até hora dessa”, relatou outra passageira.

De acordo com funcionários da Expresso Planalto, a empresa tem de 110 a 120 ônibus. Nenhum deles saiu da garagem, que fica no Jardim Napoli, nesta manhã.

Os motoristas reclamam que não receberam pelas horas trabalhadas, pois, durante a pandemia do coronavírus (Covid-19), tiveram redução de salário, mas sem redução de jornada. O mesmo aconteceu com o vale-alimentação.

Eles relatam que já é o segundo mês nessa situação. Dessa vez, eles decidiram parar até entrar em acordo com a empresa.

A Prefeitura de Itaquaquecetuba informou por nota que a paralisação foi liderada por cerca de 20 funcionários sem o apoio do sindicato da categoria. Segundo a Prefeitura, foi uma ação totalmente ilegal, pois não houve um prévio aviso e impediu a saída de 100% da frota de veículos.

De acordo com a Prefeitura, por volta das 13h, as partes entraram em um acordo e os veículos começaram a sair da garagem. "A Prefeitura está tomando as medidas cabíveis, seguindo os termos do contrato, apurando a quantidade de viagens perdidas para consequentemente gerar notificação e multa a empresa Expresso Planalto. A administração lamenta a situação ocorrida no dia de hoje causando prejuízos a cerca de 15 mil usuários e irá tomas as medidas jurídicas necessárias para se apurar as responsabilidades sobre a paralisação."