Eleito no último dia 18 presidente do COMTUR (Conselho Municipal de Turismo) o jovem empresário André Durães Falcone definiu na reunião realizada na terça-feira que a primeira meta de sua administração será identificar e cadastrar todos os empresários que se dedicam ao turismo na região, independentemente de serem ou não regularizados perante os órgãos públicos.
Residente em Santa Isabel desde 1983, André se dedica atualmente à produção de aguardente e licores em uma chácara na divisa de Jacareí. Desde 2007, quando surgiu a primeira tentativa de implantar o Conselho na cidade, ele se envolve no esforço de organizar esse setor que, apesar das dificuldades, é um dos mais promissores na região. Para ele os empreendedores querem alavancar o turismo, “mas esbarram na ineficácia das ações governamentais”, diz Falcone explicando que o fato de não haver na administração pública nenhuma pessoa habilitada a estruturar o turismo, “nunca ele será prioritário na hora dos investimentos”.
André justifica que embora tenha sido eleito para um mandato tampão (seis meses), jamais viu a administração municipal tão empenhada em desenvolver esse setor da economia como a atual secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Geração de Renda. – Vejo que o Secretário está aberto às propostas dos empresários e percebo um interesse efetivo no desenvolvimento de um turismo rentável: - Só existe turismo onde tem gente ganhando dinheiro, sintetiza.
O cadastramento será a primeira medida que pretende desenvolver no Comtur. Para isso se propõe a criar aos empreendedores uma série de benefícios que ele poderá desfrutar na medida em que participar do Conselho. Em parceria com o Sebrae (Serviço de Apoio às Pequenas e Médias Empresas), com o Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e a ACISI (Associação Comercial e Industrial de Santa Isabel), ele pretende oferecer cursos de capacitação aos associados, fomento das propriedades. Propaganda e apoio em campanhas de marqueting, capacitação de gestão, participação na formação dos roteiros, além da representatividade perante os agentes políticos: “Unidos seremos mais fortes e conseguiremos movimentar a máquina administrativa”, garante Falcone otimista.
Em sua opinião falta ao isabelense reconhecer a cidade como “polo turístico”. – Estamos acostumados a nos encantar com a natureza e os recursos de cidades em nossa volta, sem ver que temos na região o privilégio de estarmos cercados de tantas belezas. Para André a visão deve ser regional e não local: “turismo não pode ser limitado a uma cidade, é preciso pensar globalmente, sem se limitar pelas divisas municipais. Integrar todas as oportunidades é uma forma de fortalecermos localmente”, explica.