Neste época do ano, a atividade aumenta em 50% a incidência
de pacientes com queimaduras nos hospitais de todo o Brasil
Uma a cada dez pessoas que mexe com fogos de artifício tem membros do corpo amputados. Além
das mutilações, as explosões causadas por seu manuseio incorreto podem provocar também lesões
de córnea, perda de visão, danos no tímpano e surdez. As principais vítimas são homens com idade
entre 15 e 50 anos, e crianças de quatro a 14 anos.
Estatísticas também mostram que as lesões agudas da mão são responsáveis por 20% de todos os
traumas que chegam às emergências dos hospitais no Brasil. Consciente da sua responsabilidade
social, o Instituto Nacional de Assistência à Saúde e à Educação (Inase), responsável pela
administração da UPA 24h, lançou campanha para alertar a população quanto aos cuidados com o
manuseio de fogos de artifício.
“O risco de acidentes com fogos, tradicionalmente, aumenta no Brasil neste período, em função
das festas de São João. Com a Copa do Mundo, o problema tende a se agravar. Poucos sabem,
no entanto, que esta atividade aumenta em 50% a incidência de pacientes com queimaduras nos
hospitais de todo o Brasil”, destaca o diretor geral da UPA, Dr. Paulo Tierno.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Mão (SBCM), a imprudência e a falta de
informação são os principais motivos para esta alarmante incidência.
Dados da SBCM apontam ainda que cerca de 70% das pessoas vítimas de acidentes com fogos de
artifício sofrem queimaduras; 20% apresentam cortes e dilacerações; e 10% têm amputação dos
membros superiores.
Segundo o Ministério da Saúde, entre 2001 e 2010, mais de 100 pessoas, em todo o país, morreram
vítimas de queimaduras por fogos de artifício e quase seis mil foram internados com ferimentos
graves por esse motivo.
Sentindo na pele - Vítima de um acidente com bombas aos sete anos de idade, o presidente do
Inase, Dr. Leslie Aloan, tornou-se um grande defensor da campanha contra o uso destes artefatos.
“Era o momento das festas juninas, alguém lá em casa tinha ficado doente e necessitado de
penicilina injetável. O frasco ficou em cima da mesa quase uma semana, então fiz um artefato
pirotécnico imaginando que alegraria a vizinhança e a mim”, relata o presidente.
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Segundo Dr. Aloan, a brincadeira quase acabou em tragédia. “Quando risquei o fósforo, a bomba
explodiu de imediato. Felizmente, conseguimos retirar cada pedaço de vidro espetado em minha
mão. Porém, fiquei apavorado com o episódio e me afastei definitivamente das bombas, mesmo
como espectador”, afirma.
Campanha - Os materiais da campanha de prevenção a acidentes com fogos de artifício, que trazem
uma série de dicas para evitar que as festas tradicionais terminem em tragédias,estão fixados em
pontos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Itaquaquecetuba.
Alguns cuidados para curtir as festas com segurança
- Não segure os fogos de artifício com as mãos.
- Prenda o rojão em uma armação, em uma cerca ou em um muro, e não fique próximo na hora de
- Não tente acender fogos que falharem.
- Dispare os fogos somente ao ar livre, um de cada vez, e veja se não há substâncias inflamáveis ou
redes elétricas nas proximidades.
- Tenha sempre um recipiente de água por perto para colocar os foguetes já usados, ou aqueles que
falharam, para não haver riscos de novas explosões.
- Confira sempre o certificado de garantia do foguete.
- Nunca associe bebida alcoólica ao uso de fogos.